Governadores comentam 'tarifaço' de Trump e reforçam posições contra e pró-governo Lula

  • 10/07/2025
(Foto: Reprodução)
Trump anunciou tarifas de 50% a produtos brasileiros e, em carta justificando as taxas, criticou decisões judiciais brasileiras. Lula disse que não aceitará 'ser tutelado' por ninguém. Tarcísio e Gleisi se manifestam sobre tarifa de Trump A decisão do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de taxar em 50% produtos brasileiros, anunciada nessa quarta-feira (9), gerou uma série de manifestações de governadores, que replicaram seus alinhamentos a favor, ou contra, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No caso dos gestores estaduais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a movimentação foi de estabelecer uma relação de causa e efeito entre a instabilidade nas relações de Lula e Trump e o motivo das novas tarifas à economia brasileira. É o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na publicação, ele disse que "a responsabilidade é de quem governa". "Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil" , escreveu Tarcísio. (veja o posicionamento na íntegra mais abaixo). Especialistas brasileiros e estrangeiros destacaram o caráter político da carta de Trump. O texto cita como motivo o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente Jair Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas e o deputado Eduardo Bolsonaro em ato na Avenida Paulista Reprodução/TV Globo A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou o posicionamento de Tarcísio, que é ex-ministro de Bolsonaro e alinhado ao ex-presidente. "Quem está colocando ideologia acima dos interesses do país é o governador Tarcísio e todos os cúmplices de Bolsonaro que aplaudem o tarifaço de Trump contra o Brasil. Pensam apenas no proveito político que esperam tirar da chantagem do presidente do EUA, porque nunca se importaram de verdade com o país e o povo", escreveu a ministra. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), foi o único gestor estadual apoiador da gestão petista a se manifestar, até a última atualização desta reportagem. Ele defendeu uma resposta do governo à tentativa de interferência na soberania nacional por parte do republicano. Trump anuncia tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos do Brasil por razões ideológicas Os governadores usaram as redes sociais para comentar as novas tarifas dos EUA contra o Brasil. LEIA TAMBÉM: Tarifa de 50%: Tarcísio responsabiliza Lula por taxa de Trump sobre o Brasil Zema responsabiliza Lula, Janja e STF por taxa de Trump sobre o Brasil Caiado critica Lula ao falar sobre tarifaço de Trump: 'Afronta gratuitamente o governo americano' Eduardo Leite lamenta 'tentativa de interferência' no país e critica polarização política Veja, abaixo, as manifestações: SP: Tarcísio de Freitas (Republicanos) "Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema". MG: Romeu Zema (Novo) "As empresas e os trabalhadores brasileiros vão pagar, mais uma vez, a conta do Lula, da Janja e do STF. Ignorar a boa diplomacia, promover perseguições, censura e ainda fazer provocações baratas vai custar caro para Minas e para o Brasil". BA: Jerônimo Rodrigues (PT) "O Brasil não é quintal de ninguém. O presidente dos EUA, com essa decisão, taxa e castiga o setor produtivo brasileiro, que gera empregos e já tinha contratos fechados. Enquanto Lula trabalha para taxar as grandes fortunas, há quem jogue contra e prefira taxar o Brasil. Somos um país soberano, guiado pelo respeito e pela dignidade. Não aceitaremos chantagem nem tutela de lugar nenhum. A Bahia está de mãos dadas com o Brasil e com o presidente Lula. A terra do 2 de Julho não abre mão do respeito ao nosso povo, da nossa independência e da nossa soberania. A gente tem lado: o lado do povo brasileiro e da democracia. RESPEITE O BRASIL!" Lula e Jerônimo Rodrigues (PT) Ricardo Stuckert/PR GO: Ronaldo Caiado (União) "O presidente Lula não está fazendo nada fora do script. Pelo contrário, segue à risca o que Hugo Chávez fez na Venezuela, ao afrontar gratuitamente o governo americano. Lá, ao sofrer represálias como as aplicadas agora ao governo brasileiro, Chávez ressuscitou Bolívar e conclamou o enfrentamento aos americanos em nome da soberania e veja o que aconteceu àquele país. Aqui, o Lula, de caso pensado, declara uma guerra contra o Congresso Nacional, tenta deflagrar uma luta de classes entre ricos e pobres (depois de ter assaltado os aposentados) e sai em ataque ao presidente dos Estados Unidos, país que sempre foi nosso aliado. Com as medidas tomadas pelo governo americano, Lula e sua entourage tentam vender a tese da invasão da soberania do Brasil. Mas Lula não representa o sentimento patriótico do nosso povo, e muito menos tem credenciais para defender a soberania brasileira. Lula já se ajoelhou ao narcotráfico e quer de toda maneira se aliar aos países que são verdadeiras tiranias sustentadas pelo ódio, a corrupção e o terrorismo. O que nos cabe fazer diante da gravidade do momento seria a criação de uma Comissão de Parlamentares, da Câmara e do Senado, com a missão de abrir diálogo com o governo americano. E esclarecer ao povo dos Estados Unidos que não confundam declarações do Lula com o pensamento do povo brasileiro". RS: Eduardo Leite (PSD) O governador enviou um posicionamento ao g1 RS. Veja: "Em primeiro lugar, destacar que não podemos aceitar tentativas de interferência de um outro país sobre as nossas decisões, das nossas instituições brasileiras. As instituições são feitas por pessoas, as pessoas, os seres humanos, são falíveis. Falham, erram, acertam e, naturalmente, nós temos muitas virtudes e tantos defeitos nas nossas próprias instituições, mas quem define e corrige as nossas instituições somos nós, os brasileiros, e não interferências de fora do país, isso não pode ser aceito de maneira nenhuma. De outro lado, a gente observa o quanto que essa polarização radicalizada na política gera impactos negativos para o nosso país e a gente assiste um debate de tentar lançar culpados para cá ou para lá, quando, na verdade, o país deveria estar debruçado sobre ter negociações diplomáticas pragmáticas preservando o interesse nacional. A gente acompanha ainda, né, incipiente, assim. Informações que se tem, na forma como vão se aplicar essas tarifas. O Rio Grande do Sul também tem negócios importantes que envolvem desde exportação para nós principalmente do tabaco, armas de fogo, tem pasta de celulose, de madeira, enfim, que são exportadas para os Estados Unidos. Vamos acompanhar tudo isso para ver os efeitos, impactos e naturalmente as ações possíveis no âmbito local, de maneira garantir competitividade e menor impacto possível, mas eu lamento que a gente observe um tipo, uma tentativa de interferência dessa natureza no nosso país e ressalto mais uma vez que essa polarização política radicalizada está mais uma vez demonstrando o quanto que ela fere os interesses do país".

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/07/10/governadores-repercutem-tarifaco-de-trump-contra-o-brasil.ghtml


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